quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um simples conselho

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho.
Toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada.
Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro.
- Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.
- Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição.
- Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva.
- Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros.
- Eis a chave para a solução dos seus problemas.


E se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma.
Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.
Porém quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.
E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma.
É como se o Universo nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão.
Além do que, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.
E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar.
Pode ser:
Um sorriso gentil
Uma palavra que anima e consola
Um abraço de ternura
Um aperto de mão
Um pedaço de pão
Um minuto de atenção
Um gesto de carinho
Uma frase de esperança
E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas?
- Pense nisso!- continuava o rabi
- A caridade é o gênio celestial que nos tece asas de luz para a comunhão com o pensamento divino, se soubermos esquecer de nós mesmos para construir a felicidade daqueles que nos estendem as mãos.
- Pense nisso!

(Autor Desconhecido por mim)

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