segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ajuda-te e o céu te ajudará...

Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.

Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.

Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.

Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro.
Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.

Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre:
- Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos.
- Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio.
- Por quê?
Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu:
- Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia.
- O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.

Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.
Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.
Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.

Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus:
"Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á."

Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.


(autor desconhecido)

Gratidão

O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída, quando uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu, brilhavam quando viu um determinado objeto.

Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa azul.
- É para minha irmã.
- Pode fazer um pacote bem bonito? diz ela.
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:
- Quanto de dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós.
Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse:
- Isso dá?
Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.
- Sabe, quero dar este presente para minha irmã mais velha.
Desde que morreu nossa mãe ela cuida da gente e não tem tempo para ela.
É aniversário dela e tenho certeza que ficará feliz com o colar que é da cor de seus olhos.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
- Tome!, disse para a garota.
- Leve com cuidado.
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou à loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim senhora.
- E quanto custou?
- Ah!, falou o dono da loja.
- O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou:
- Mas minha irmã tinha somente algumas moedas!
- O colar é verdadeiro, não é?
- Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar.
DEU TUDO O QUE TINHA.
O silêncio encheu a pequena loja e duas lágrimas rolaram pela face emocionada da jovem enquanto suas mãos tomavam o pequeno embrulho.


(autor desconhecido)

Esperança!

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar à parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação, e agradeceu novamente.
Com muita dificuldade e com os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e para guardar seus poucos pertences, e como sempre agradeceu.
Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.
No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.
Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando: "O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?" Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado.
No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

- Viemos resgata-lo. Disseram.
- Como souberam que eu estava aqui? - Perguntou ele.
- Nós vimos o seu sinal de fumaça!

(autor desconhecido)

Na hora em que nos achamos mais abandonados, mais sozinhos é quando estamos mais bem acompanhados do nosso Pai, que nunca nos deixa à deriva, disso se conclui que nunca devemos perder as esperanças, porque por maior que possa ser o problema a solução virá no momento oportuno.